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Nunca diga nunca, águia férrea.

 A águia férrea que se enterrou dentro do meu peito, por longos anos, finalmente pode ressurgir. Lembro-me quando escolhi o nome para o blog, era apenas uma menina. Uma menina cheia de sonhos, mas que estava ferida. A cada golpe brusco que sofri, engoli a dor, chorei baixinho e continuei meus caminhos. Ouvi pela primeira vez a canção Iron Eagle, da banda King Kobra. Sua letra dizia "nunca diga nunca, águia férrea.". Agarrei-me nessas palavras durante anos, bradando força, mas implodindo. Um incêndio instaurou-se dentro do meu corpo, tornando a camada da minha pele cada vez mais fina, frágil, mas ainda sim, bradando força. Escolhi meus caminhos, sem saber que estava dançando com a morte, sorri incondicionalmente ao encontro do meu algoz. Ali eu morri, minha carne se esvaiu ao pó. Sobrevivi anos e anos absorta dentro do meu mundo imaginário. O mundo que eu havia criado para entorpecer a dor enquanto a minha alma era castigada. Oras, mas castigada por quê? Porque eu mereço! Era
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Verdades

 As pessoas impõem demais as suas verdades sobre nós, talvez se esquecendo que nós também temos as nossas próprias verdades. Estou farta de carregar os pesos dos julgamentos, quando na verdade, já estou sangrando sozinha há, dias, meses, anos... Ninguém quer estancar as nossas feridas, porque as pessoas tem suas próprias feridas para cuidar. Mas querem colocar os dedos nas nossas para se sentirem menos solitárias. A dor de um ansioso é 3x maior. O peso das palavras caem 3x maior sobre nossos ombros. Mas eu já aprendi. Ninguém tá nem aí e é isso mesmo. A vida é uma m*rda.  Quem diz esquece. Quem escuta jamais deixará de ecoar as mesmas palavras dentro do coração. Apenas parem de me julgar só por um dia. Eu só quero descansar um diazinho. Já bastam os julgamentos que faço de mim mesma.

Relatos nada atrozes do meu coração (Parte II)

"Deixei esse besteirol de fugir de tudo. Peguei minha AR-15 imaginária e fuzilei meus medos. Quero ser humana também e dilacerar as amarras dos meus desejos. É difícil gritar quando se está explodindo por dentro, mas é impossível conter a dor incendiária e perdurável. " – 2013 Olhares, muitas vezes, são mais profundos que as palavras. Desaprendi a escrever, mas continuo sentindo dor. Continuo esmurrando a mesma faca cega todos os dias. Eu continuo explodindo por dentro. Mas as palavras não saem. O grito que sai do meu peito é ensurdecedor, mas ninguém é capaz de ouvir urros silenciosos. Porque eu aprendi a sangrar sozinha. A dor de uma mulher ferida jamais será sentida pelos outros. Uma mulher ferida jamais deixará alguém tocar seu coração.

A dor do outro é um lugar desconfortável

 As pessoas dizem estar preocupadas conosco, mas na verdade é só mais um dia em que elas tentam impor as suas verdades sobre nós. Dizem estar preocupadas, mas quando estive em meus piores momentos, as mesmas se calaram. Me viram cair e viraram as costas completamente. Quando me reergui, voltei do fundo do poço, me segurei e me mantive forte, essas mesmas pessoas disseram que me entreguei. Me desculpem, mas eu não quero a preocupação, nem pena, muito menos a ajuda de vocês. Se cheguei até aqui foi sangrando, lutando e enfrentando batalhas que só Deus via dentro de meu coração. Quero que vocês se f*dam com as suas verdades e as suas experiências de vida que são completamente diferentes da minha.

Mulheres lutadoras não tem lugar, elas voam

 Hoje acordei e me senti deslocada. Assim, sem pertencer a lugar nenhum. Todos os meus lugares favoritos se foram, se perderam por aí. Vi fotos de reencontros, amizades, e eu não estava em nenhuma. Me perdi no espaço tempo. Fiquei por aqui mesmo. Mas logo percebi. O preço que pagamos por querer nos sentir vivos, saudáveis, espirituais e bem sucedidos é muito alto. Deixamos pessoas, lugares, fotos, reencontros, deixamos tudo para trás. Ser uma mulher lutadora me transformou em uma águia solitária. E no fim, acho que era tudo isso que eu queria. Sou uma mulher bem sucedida. Sou uma mulher lutadora. Sou uma água férrea.