Águia Férrea

Hoje eu estava à caminho para casa Quando veio à mim a chuva fria de Novembro E me fez lembrar tanto o Novembro passado Quando sorríamos enquanto caiam lágrimas de alegria dos céus Sorri para a rua deserta, curtindo o doce cair das gotas Pois nunca havia me sentido tão viva e feliz Mas as lembranças são tão passageiras Assim que cheguei em casa meu mundo dos sonhos se desfez.

Que perdoem meus atos sem fim Essa minha mania de querer ser tão eu Mas que talvez o mundo conspire contra isso Quem sabe se o padrão seja uma coisa E eu seja outra Ninguém tem o direito de saber a não ser eu Mas ainda sim me sinto insegura Por pensar diferente e achar que estou errada

Escutar Eric Clapton e não lembrar de você é algo totalmente impossível. Pois também chegam as lembranças dos nossos sonhos loucos e quase impossíveis de serem realizados. Sim, talvez eu tenha dito quase.

Estar sozinho é uma coisa tão repentina. Você só percebe quando procura em outras vidas passageiras um simples abraçar, mas ainda sim, deixa um frio enorme em nossos corações. Gostaria de não sentir esse frio outra vez e ainda mais intenso. Pois não gosto de me sentir sozinha, e realmente eu não estou sozinha; mas meu coração diz que ainda tem um pedaço vazio e gélido sem ocupação.

Ontem teve uma tarde tão bonita, que preferi ficar deitada. Mas estava mesmo bonita com aquele céu com tons de cinza que eu tanto amo, e um friozinho escolhido à dedo. E tudo o que fiz foi escutar AOR até adormecer e esquecer meus pequenos problemas banais.

"Guarde para os dias de chuva Aquele beijo que eu te dei Aqueles sonhos todos que caíram pelo chão Guarde para os dias de chuva Aquele filme que te fala de paixão"