O ardor das lutas diárias

Hoje eu decidi escrever. Hoje, depois de meses, quase dois anos sem vontade de desinibir meus sentimentos em um papel digital. Percebi o quanto me fazia falta quando me senti só, mas ora, é por isso que dizem que a escrita é a prática de pessoas solitárias, e talvez eu tenha sido uma por muitos anos. Só desejei não sentir a mesma coisa depois de tanto tempo.

Meu corpo carrega um cansaço que foi construído pela minha mente. Gostaria de entender porque nosso próprio subconsciente nos prega uma peça que na verdade, não tem nenhuma graça. O tal cansaço que me impede de trabalhar bem e sentir prazer nas coisas mais simples e bonitas da vida. Eu apenas gostaria mesmo de não sentir cada pedacinho dessa dor que me corrói a cada dia que eu eu levanto da cama. A dor que me surpreende quando eu faço coisas para me sentir melhor. Cada dia é um passo diferente, doloroso, mas é um passo. É um pensamento um tanto egoísta achar que temos o direito de nos sentirmos mal e não querer levantar da cama, não é? É o que me faz desejar viver.
Minhas pernas tremem só de pensar que eu preciso encarar meus medos e problemas. Não deveria ser assim. Eu não romantizo sofrimento, muito menos o ato de desejar não insistir mais. Sou uma pessoa muito forte para pensar que a dor não precisa ser combatida por nós mesmos. É o meu instinto tentar ser melhor. Mas amanhã eu tento, depois de uma xícara de café.

Hoje eu prefiro deitar e repousar.  Só hoje. Amanhã eu prometo levantar. 

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